Os diferentes modelos de coils

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As coils são bobinas de metal responsáveis por produzir o aerosol inalado nos vaporizadores através de seu aquecimento, controlando a experiência vaping. É através do tipo de coil que são definidas a temperatura e quantidade de vapor, tipo de tragada, intensidade de sabor, entre outros fatores.

Existem duas categorias principais: as coilhedas manufaturadas que bastam ser rosqueadas nos aparelhos e as chamadas apenas de coils, bobinas artesanais que devem serem instaladas pelo consumidor e que requerem um pouco mais de conhecimento e manutenção, como o pré-aquecimento do metal e a instalação do algodão.

Tipos de fio

Para os modelos apresentados neste artigo, os metais usados são Kanthal (uma marca de fio), FeCrAl (composto de Ferro, Crômio e Alumínio), Nichrome (ou Nicrômio uma combinação de Níquel e Crômio) ou aço inoxidável. Os três primeiros devem ser usados exclusivamente no modo POWER ou POTÊNCIA dos aparelhos enquanto o aço inox pode ser usado também no modo controle de temperatura, um tipo diferente de configuração presente em diversos dispositivos que exige conhecimento próprio para ser usado com segurança.

Coil padrão ou simples

A coil padrão ou simples é como o nome já diz, o método mais básico de todos. O fio é enrolado em forma de bobina. A quantidade de voltas ou o diâmetro interno é definido pelo consumidor.

Paralelas

Também autoexplicativo, são fios paralelos enrolados para compor a bobina. Pode-se utilizar dois ou mais fios simples ou várias técnicas em conjunto.

Twisted ou trançada

São dois fios trançados entre si, criando uma bobina com maior quantidade de metal à partir de dois fios mais finos.

Clapton Coil

Clapton coil foi inventada por Derek Small, um consumidor que estava vendo seu amigo tocar guitarra e ao observar os fios do instrumento imaginou quanta área útil de superfície aqueles fios enrolados teriam, dai seu nome. Ele enrolou um fio de metal fino em volta de um fio mais grosso, servindo de núcleo, criando a técnica.

O resultando é um aumento da quantidade de metal da bobina utilizando pouco espaço adicional, com maior área de contato com o algodão e o líquido, intensificando consideravelmente a produção de sabor e vapor.

Híbridas

As coils híbridas são variantes ou a mistura de uma ou mais técnicas, portanto a quantidade de combinações pode ser um pouco exagerada. Apresentamos aqui algumas das mais famosas:

Fused Clapton – É uma Clapton coil que utiliza dois fios centrais em paralelo ao invés de apenas um.

Stapled coil – Similar a anterior, porém com mais de dois fios centrais, cujo formato lembra um grampo de grampeador, daí seu nome “bobina grampeada”.

Stapled Staggered Coil – Combinações diversas de duas ou mais Clapton Coils e trançamentos diferentes de fios, com vários núcleos em paralelo e intercalamento de metais. Não há uma regra e depende somente da criatividade de quem faz.

Alien clapton – Um tipo de Clapton Coil feita com uma técnica onde os fios formam um padrão sinuoso. Pode ser combinada com outros tipos para formar as mais diversas combinações.

Ribbon wire – Não é uma técnica propriamente dita e sim um tipo de fio achatado, dai seu nome ribbon que significa “fita” em inglês.

Conclusão

Mas todo esse trabalho resulta em algum benefício? Sim, há um perceptível ganho de sabor e produção de vapor entre coilheads prontas de fábrica e uma coil mais complexa como as Claptons Coils.

A diferença de maior sabor e vapor começa a diminuir quando comparamos com coils ainda mais complexas, sendo motivo de algum debate se há vantagem frente ao trabalho necessário. Apesar disso, a fabricação de coils ultrapassou a linha da redução de danos e se tornou um passatempo e uma cultura ao redor do mundo do vaping, inclusive com campeonatos de artistas e profissionais que criam verdadeiras obras de arte.

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