9 fatos e mitos sobre o vaping de acordo com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido

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A Inglaterra é modelo mundial no uso da estratégia de Redução dos Danos do Tabagismo (RTD), realizando pesquisas e revisões científicas sistemáticas para entender o impacto dos cigarros eletrônicos na saúde, cujos resultados positivos levaram o país a não apenas regulamentar os produtos de maneira rígida, para estabelecer padrões de controle e segurança, como incluí-los como ferramenta oficial contra o tabagismo em seu sistema público de saúde, chegando a criar campanhas como a “Swap to Quit” ou “Troque para Parar”, que incluiu a distribuição gratuíta de 1 milhão de cigarros eletrônicos para adultos fumantes.

Os resultados destas ações estão sendo colhidos ao longo dos anos, com a prevalência do tabagismo caindo, menos doenças e mortes causadas pelo fumo e uma diminuição na carga do sistema de saúde como um todo, o que impulsiona o National Health Service – NHS, sistema oficial de saúde do Reino Unido, a manter uma campanha informativa para tirar dúvidas sobre os cigarros eletrônicos, em sua página “better health” ou “melhor saúde” em tradução livre, que apresenta informações sobre cuidar de sua saúde física e mental, como parar de fumar, perder peso, beber menos e fazer exercícios.

A página começa com a declaração de que:“Pode haver alguma confusão sobre vapes (às vezes chamados de cigarros eletrônicos ou e-cigs). Isto não é surpreendente, porque há muita informação enganosa por aí” e complementa que “vaping não é totalmente inofensivo. Nós o recomendamos apenas para fumantes adultos, para apoiar a cessação do tabagismo e a permanência fora do tabagismo.”

Conteúdo

Mito 1: Vaporizar é tão prejudicial quanto fumar

Fato: A vaporização de nicotina não é isenta de riscos, mas é substancialmente menos prejudicial do que fumar.

Em 2022, especialistas do Reino Unido analisaram as evidências internacionais e descobriram que “a curto e médio prazo, a vaporização representa uma pequena fração dos riscos de fumar”.

Os cigarros liberam milhares de substâncias químicas diferentes quando queimam – muitas são venenosas e até 70 causam câncer. A maioria dos produtos químicos nocivos presentes na fumaça do cigarro, incluindo alcatrão e monóxido de carbono, não estão contidos no aerossol de vapor.

As pessoas que mudam completamente do tabagismo para o vaping reduziram significativamente a exposição a toxinas associadas aos riscos de cancro, doenças pulmonares, doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais.

Mito 2: A nicotina é muito prejudicial à saúde

Fato: Embora a nicotina viciante, é relativamente inofensiva para a saúde.

São os muitos outros produtos químicos tóxicos contidos na fumaça do tabaco que causam quase todos os danos causados ​​pelo fumo.

A nicotina em si não causa câncer, doenças pulmonares, cardíacas ou derrames e tem sido usada com segurança há muitos anos em medicamentos para ajudar as pessoas a parar de fumar.

Mito 3: Vaping não ajuda as pessoas a parar de fumar

Fato: Os vapes de nicotina são um dos meios mais eficazes para parar de fumar.

As evidências mostram que os vapes de nicotina são, na verdade, mais eficazes do que as terapias de reposição de nicotina, como adesivos ou gomas de mascar.

Algumas pessoas acham que a vaporização as ajuda porque a ação de levar a mão à boca é como fumar, além de você ter sensações semelhantes, como “golpe na garganta”.

É importante escolher um e-líquido com nicotina suficiente para reduzir os sintomas de abstinência e a vontade de fumar. Uma loja especializada em vaporização ou o serviço local para parar de fumar pode aconselhá-lo.

Saiba mais sobre como usar vapes para parar de fumar.

Informação: Quase dois terços das pessoas que usam vaporizador, juntamente com o apoio do Serviço local para parar de fumar, pararam de fumar com sucesso.

Mito 4: Mudar para um vaporizador é apenas trocar um vício prejudicial por outro

Fato: Embora os vapes contenham a mesma substância viciante que os cigarros, vaporizar a nicotina é muito menos prejudicial.

Fumar fornece nicotina ao queimar tabaco, o que cria muitas toxinas prejudiciais que podem causar doenças graves, incluindo câncer, doenças pulmonares, cardíacas e derrames.

A vaporização fornece nicotina ao aquecer um e-líquido, o que é muito menos prejudicial. A vaporização expõe os usuários a muito menos toxinas e em níveis mais baixos do que fumar cigarros.

Quando estiver pronto e tiver certeza de que não voltará a fumar, você pode reduzir gradualmente a concentração de nicotina em seu e-líquido e sua frequência de vaporização até parar completamente e ficar livre de nicotina.

Mito 5: As pessoas usam vapes com mais frequência do que cigarros – isso deve ser pior

Fato: É normal vaporizar com mais frequência do que costumava fumar e isso não é mais prejudicial.

Cada tragada em um vaporizador acarreta uma pequena fração dos riscos de uma tragada em um cigarro.

Vaping é diferente de fumar na forma como leva nicotina ao cérebro. Ao fumar, você obtém uma dose muito rápida no curto espaço de tempo que leva para fumar um cigarro.

Com a vaporização, geralmente leva mais tempo para a nicotina chegar ao cérebro e você precisa “sorver” seu vapor com mais frequência.

Informação: É importante usar o vaporizador o quanto for necessário para ajudá-lo a parar de fumar e permanecer sem fumar.

Mito 6: Os vapes não são regulamentados e não sabemos o que há neles

Fato: No Reino Unido, os produtos de vaporização de nicotina são rigorosamente regulamentados em termos de segurança e qualidade.

Todos os produtos à venda devem ser notificados à Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) com informações detalhadas, incluindo a listagem de todos os ingredientes.

Informação: Sempre compre seus produtos de vaporização de um fornecedor confiável, como uma loja especializada em vaporização, uma farmácia, um supermercado ou um varejista on-line com sede no Reino Unido, para que sejam cobertos pelos regulamentos de segurança e qualidade do Reino Unido.

Mito 7: Vaping causa ‘pulmão de pipoca’

Fato: A vaporização não causa “pulmão pipoca”, o nome comum de uma doença rara chamada bronquiolite obliterante.

A doença foi encontrada em um grupo de trabalhadores de uma fábrica expostos a um produto químico (diacetil) usado para dar sabor à pipoca.

O diacetil está contido na fumaça do cigarro, mas é proibido como ingrediente em vapes e e-líquidos de nicotina regulamentados pelo Reino Unido.

Mito 8: A exposição ao aerossol de vapor é prejudicial para as pessoas ao seu redor

Fato: Até o momento, não há evidências de que a vaporização seja prejudicial às pessoas ao seu redor.

Embora o fumo passivo dos cigarros cause sérios danos a outras pessoas, não há evidências até o momento de que a vaporização seja prejudicial às pessoas ao seu redor e quaisquer riscos provavelmente serão muito baixos.

Mas, por precaução, é melhor não vaporizar perto de bebês e crianças, se puder evitá-lo. As crianças muitas vezes copiam o que os adultos fazem.

Sempre seja atencioso ao vaporizar perto de qualquer outra pessoa, especialmente pessoas com problemas de saúde como asma, que podem ser mais sensíveis ao aerossol de vaporização.

Mito 9: Um vaporizador descartável pode fornecer tanta nicotina quanto 40 ou 50 cigarros

Fato: Um vaporizador descartável padrão do Reino Unido fornece uma quantidade de nicotina semelhante a 20 cigarros.

Um vaporizador descartável regulamentado pelo Reino Unido com o nível legal de nicotina mais alto (20 mg/ml) contém 2 ml de líquido e 40 mg de nicotina. Isso fornece, em média, cerca de 20 mg de nicotina ao usuário.

Um maço de 20 cigarros contém de 200 a 300 mg de nicotina. Isso fornece, em média, 20 a 30 mg de nicotina ao fumante.

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