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A cruzada anti-vaping dos proibicionistas é uma ameaça à saúde pública

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Após 15 anos de tabagismo, sou livre do vício do fumo graças aos vaporizadores, também conhecidos como cigarros eletrônicos. Tentei adesivos, gomas de mascar, remédios, tratamento psicológico e acupuntura, mas nada disso funcionou. O que realmente resolveu o problema foi comprar um produto de comércio ilegal no meu país, que tinha um sabor agradável de morango, imitava o ato de fumar e tinha uma quantidade de nicotina que me satisfazia.

Esta minha história é somente uma dentre as milhões no mundo todo, que compartilham muitas similaridades e cujo resultado é o mesmo, menos danos e mais saúde.

Por ter sido um fumante pesado, consumindo 3 maços de cigarros por dia, fiquei absolutamente maravilhado ao me ver completamente livre dos cigarros da noite para o dia, com tamanha facilidade, após tantas tentativas infrutíferas.

Não foi surpresa quando me vi querendo compartilhar essa boa notícia com o maior número de pessoas possíveis e o que começou com apenas algumas publicações nas mídias sociais, se transformou no VaporAqui.net, o maior projeto sobre redução de danos do tabagismo em língua portuguesa do mundo, me envolvendo profundamente em todas as esferas que orbitam o assunto.

Isso me dá uma visão bastante completa e geral da situação dos cigarros eletrônicos no Brasil. Atualmente a indústria do tabaco é usada como bicho-papão para sugerir que o vaping é algo sinistro do qual nós devemos ser protegidos, mas as organizações que pressionam por uma legislação proibitiva à respeito dos cigarros eletrônicos são as mesmas que ficaram bastante satisfeitas em se aliar à essa mesma indústria do tabaco não muito tempo atrás, quando o vaping apareceu no mercado e a indústria tentou bloqueá-lo e controlá-lo para proteger seus negócios existentes.

Agora que a indústria tabagista mudou de ideia porque e vê uma oportunidade de vender um produto sem a (corretamente) manchada reputação do tabaco, os moralistas proibicionistas continuaram os mesmos, e agora lutam para manchar o vaping por associação, porque eles não são motivados pela preocupação genuína com a saúde das pessoas.

Eles exigem que o vaping seja controlado como o tabaco porque no fundo eles acreditam que os viciados são pessoas fracas que deveriam sofrer penitência por sua falha moral, e a ideia de que alguém possa parar de fumar em seus próprios termos, com seu próprio ritmo, sem qualquer conflito ou desconforto – ou mesmo, Deus me livre, continuar com seu consumo de nicotina sem enfrentar os problemas de saúde do tabagismo – ofende profundamente seu senso de justiça.

E assim, na ausência de qualquer evidência real dos perigos do vaping, insistem que eles certamente existem, difamam, fazem lobby e iniciam suas próprias campanhas nas mídias sociais, mas como não são a indústria do tabaco, recebem um passe livre para fazer o que bem entendem. Apenas imagine por um momento o que aconteceria se a indústria tabagista usasse as mesmas táticas empregadas nas campanhas anti-vaping.

A ironia é que estes proibicionistas, moralistas e paladinos da razão, são agora a maior ameaça à saúde pública do Brasil, porque se pudessem, regulariam a extinção do vaping por nenhuma razão além de satisfazer seus próprios impulsos, apesar dos cigarros eletrônicos terem o potencial de eliminar completamente o uso do tabaco.

Alexandro Hazard Lucian
Alexandro Hazard Lucian
Jornalista especializado em Redução dos Danos do Tabagismo (RDT), fundou em 2015 um projeto multiplataforma chamado VaporAqui.net, se tornando a maior fonte de informação sobre o assunto no Brasil.Convidado especial em eventos nacionais e internacionais, trata de temas como cigarros eletrônicos, tabaco aquecido, tabaco oral, nicotina e impacto do tabagismo na saúde.Em 2021 criou a DIRETA.org, organização não governamental, sem fins lucrativos, de formato associativo, atuando como presidente na primeira iniciativa do gênero no país.

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