Publicado originalmente em 26/05/2022 – Atualizado em 27/05/2022
Contexto
Após publicar crítica apontando diversos erros e contradições na matéria publicada no portal Olhar Digital em 25/05/2022 à respeito dos cigarros eletrônicos, o Vapor Aqui recebeu resposta do editor em 27/05/2022, que alterou o conteúdo e corrigiu os problemas nas informações.
Parabenizamos o compromisso do veículo com o conteúdo verdadeiro, um dos pilares do jornalismo.
Você pode conferir o artigo alterado clicando aqui e abaixo nossa crítica original que motivou a mudança.
Crítica sobre o artigo original
De olho na mídia, sempre que nos deparamos com artigos sobre cigarros eletrônicos, analisamos com olhar crítico e sem viés, para identificar potenciais equívocos e se for o caso, produzir conteúdo que possa corrigir falhas e informar corretamente o público, já que se trata de um assunto bastante comentado no Brasil, porém ainda carecendo de um debate mais técnico e livre de ideologias.
No dia 25/05/2022 foi publicado um artigo no site Olhar Digital, importante veículo de informação sobre tecnologia e atualidades, assinado por Matheus Barros, que traz informações inadequadas e contribui para causar confusão e disseminar conteúdo inverídico sobre os cigarros eletrônicos.
O primeiro parágrafo segue:
Esta informação é falsa, não apenas desmentida pela pesquisa referenciada, mas incrivelmente, dentro do próprio artigo do Olhar Digital, já em seu terceiro parágrafo:
Além do erro grosseiro, a pesquisa mostra justamente o contrário, que o custo em saúde para quem usa cigarros eletrônicos é de apenas 1/3 quando comparado com o custo dos fumantes de cigarros tradicionais.
O que a pesquisa realmente parece mostrar é que uma troca dos cigarros convencionais, que custam U$ 5.602 anuais por consumidor, para os eletrônicos, que custam U$ 1.796 por ano, poderia significar uma economia de bilhões de dólares anuais em gastos com a saúde.
O estudo também apresenta uma metodologia estranha:
Apenas 0,2% das pessoas eram consumidores exclusivos de cigarros eletrônicos, sendo a maior parte também fumante e quase 25% alcoólatras, cujos gastos com saúde obviamente são maiores, achamos estranho que a conclusão do estudo aponte os cigarros eletrônicos como vilões.
Devemos lembrar que a pesquisa é apenas um modelo estimativo epossui grandes limitações que ela mesma admite, portanto mais estudos devem ser efetuados.
Enviamos um email para a redação do Olhar Digital alertando sobre o caso, porém até a publicação deste artigo, 26/05/2022, não obtivemos resposta.
Relatório traduzido para o Português pela organização científica Direta.org mostra que o vaping tem um grande impacto positivo quando devidamente regulado.
O governo do Reino Unido decidiu que proibirá os vaporizadores descartáveis e sugere que proibirá os sabores dos vaporizadores. Isto irá desencadear mais tabagismo, mais comércio ilícito e mais soluções alternativas.
Um conjunto crescente de evidências mostra que os cigarros eletrônicos são muito mais seguros do que fumar e a ferramenta de cessação mais eficaz disponível.
Contra seu próprio princípio editorial de isenção, Globo toma partido contra a regulamentação do vape no Brasil, usando informações falsas para causar pânico moral.