Émuito comum encontrar no mercado juices coloridos com tonalidades chamativas como vermelho para morango, verde para limão ou menta, azul para blueberry ou anis. Esta técnica é usada há muitos anos na indústria alimentícia em todo tipo de produto para torná-los mais atrativos ao consumidos.
Porém no vapor não existem estudos que comprovem a segurança da inalação de componentes responsáveis por colorir os líquidos.
Neste artigo, saiba mais sobre a prática e entenda quais as cores naturais que um produto pode ter e quais cores devem ser evitadas.
Que cores os juices podem ter?
Os juices são feitos com essências alimentícias que costumam ter tonalidades que vão do transparente até o marrom escuro, passando pelo amarelo claro e até o laranja. Essas tonalidades são influenciadas principalmente pela quantidade de açúcar na essência, sendo as de caramelo, baunilha e chocolate as que mais se destacam nas tonalidades escuras.
Obviamente que o líquido final irá acompanhar o tom das essências, podendo ser desde totalmente transparente até um marrom escuro. Além disso, um importante fator que influencia na cor dos juices é a nicotina. A oxidação natural do composto torna os juices mais escuros, podendo um líquido amarelo claro se tornar até um tom forte de laranja.
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Que cores os juices não devem ter?
As cores não naturais dos juices são aquelas do espectro primário: verde, vermelho e azul e algumas combinações resultando no magenta e no ciano.
Se um juice possui uma destas cores é porque foi adicionado algum corante.
Quais são os corantes utilizados nos juices?
Atualmente a indústria utiliza em larga escala dois tipos de corantes: naturais e sintéticos.
Corantes Naturais
- Betanina ou corante E-162 é retirado da beterraba e dá um tom avermelhado.
- Antocianina que é um extrato vegetal que cria a cor do vermelho vivo, roxo e azul.
- Beta-caroteno é a vitamina A e também um pigmento, dando a cor laranja.
Corantes sintéticos
- Índigo-carmim para o azul e o amarelo, é um sal sódico do ácido 5,5′-indigodisulfônico.
- Vermelho Allura AC ou corante E-129 é um sal dissódico do ácido 6-hidroxi-5-((2-metoxi-5-metil-4-sulfofenil)azo)-2-naftalenossulfônico.
- Amarelo de quinoleína ou corante E-104, um sal dissódico do ácido 2(2-quinolil)-indanodiona-1,3-dis-sulfónico.
A utilização de coloração na alimentação é antiga, datada de 1500 BC com os Egípcios e atualmente é amplamente usada em praticamente tudo o que consumimos.
As únicas críticas estabelecidas na utilização de corantes estão associadas à hiperatividade infantil, porém nenhum estudo conseguiu comprovar o efeito.
Juices com corantes fazem mal?
Ninguém sabe.
É preciso lembrar que nem os compostos já utilizados como Propilenoglicol, Glicerina ou as essências alimentícias possuem estudos de seus efeitos à longo prazo, portanto se não sabemos as consequências do que é atualmente utilizado, sabemos menos ainda sobre o que os corantes podem fazer ao serem absorvidos pelo nosso organismo, uma vez que são bem menos utilizados no mercado vaper e não são objeto de estudo.
Se optarmos pelo bom senso é correto afirmar que quanto menos compostos químicos utilizarmos em nossos líquidos, melhor.
Outra questão à ser levada em conta é a procedência destes produtos. Não apenas devemos nos preocupar com a higiene dos fabricantes, mas a qualidade dos insumos utilizados, sendo os corantes mais um fator numa equação que deve ser a mais simples possível. A utilização de corantes não possui nenhuma função além de mudar a cor do líquido, portanto é algo que sugerimos que seja evitado.
Caso a cor do líquido seja algo imprescindível, sempre existe a possibilidade de utilização de atomizadores com vidros coloridos que podem atingir o mesmo objetivo visual.